segunda-feira, 3 de setembro de 2012

AMORRRR

Amor só não basta
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O mundo moderno e o cinema americano vem divulgando e reafirmando uma mensagem enganosa sobre os relacionamentos: de que o amor pode tudo.
Seria lindo, mas não é assim
Isso tem implicações bem nocivas para a vida cotidiana, ficamos dependentes da ideia de que basta o amor e tudo será consertado.
Já disse muitas vezes que problemas de caráter e limitações de personalidade não são apagadas por causa do amor, pelo contrário. Quando uma pessoa problemática acha que ama alguém o tipo de amor é completamente contaminado de seus traços doentios e então surge ciúme, possessividade, agressividade, controle excessivo, egoísmo e revanchismo. Tudo o que põe a perder o amor.
Outras pessoas se sentem muito mal porque não estão apaixonadas ou tiveram uma fase baixa emocional no relacionamento e acham que já devem se separar. Elas esquecem que as emoções humanas são variáveis e são passíveis de desassossegos constantes, o amor também vai sofrer abalos, mas não por conta daquela pessoa específica, mas por conta de tudo de modo geral.
Essa escravidão de achar que um relacionamento precisa de muito amor para seguir é um pouco enganosa, pois existem pessoas que estão num relacionamento cheio de “amor”, mas se torturam a troco de exclusividade, bate-bocas sem fim e cobranças sem sentido. Antes não se amassem.
O que um casal deveria avaliar na hora de pensar na durabilidade de um relacionamento é na qualidade dessa relação como generosidade, participação mútua, prestatividade, capacidade de se comprometer e realizar o que falar, entusiasmo, presença, otimismo, proatividade, apoio e empenho em fazer o outro crescer.
Tem casais que não tem isso e não tem amor, não consigo entender qual a razão daquela história continuar, ambos se fazem mal. Amor não é critério de desempate para atestar o fracasso de uma relação, mas se ambos são trampolins para que a vida plena aconteça.
Definitivamente, amor só não basta.

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